Guerra Espiritual Estratégica - Autor Apóstolo Rony Chaves

É uma verdade concreta; o Espírito Santo está levando a Igreja de Jesus Cristo a uma verdadeira confrontação com satanás. A luta é frontal e ocupa vastos territórios; Deus está definitivamente na ofensiva. Estamos ganhando a guerra. Aleluia!Esta é uma guerra estratégica; com estratégias militares, lugares e conceitos chaves para tomar e manejar. Nesta guerra, na melhor linguagem dos intercessores, atuam os principados, que são também conhecidos como espíritos territoriais. Esta é então uma guerra territorial estratégica.

Espíritos Territoriais

O profeta apostólico Morris Cerullo declarou: Existe um novo poder divino desatado na terra; e é tão grande, que faz com que os “governadores” deste mundo tremam. Esta expressão motivada pelo Espirito de Deus, denota que Deus tem liberado um poder e autoridade maravilhoso sobre a Igreja para desalojar a satanás e suas hostes de territórios ocupados por ele. O poder divino na Igreja é para possuir territórios aonde o inimigo até hoje têm estabelecidas suas fortalezas.Esta é uma batalha contra principados de diversos níveis de influência e autoridade. Nossa guerra não é contra carne ou sangue e sim contra espíritos territoriais. A autoridade demoníaca está definida de forma clara na palavra. No Antigo Testamento, vemos narrativas sobre seres espirituais (anjos) os quais possuem domínio e influência sobre as esferas geo-políticas das nações do mundo.O Novo Testamento fala através de Jesus e seus discípulos de como os principados e potestades das trevas estabelecem suas relações e influências sobre os homens, governantes e nações. Os mesmos costumes de culturas antigas denotam que os espíritos territoriais (chamados deidades ou dioceses pelos pagãos) eram e são parte de um fenômeno geográfico e topográfico. As culturas indígenas do Norte, Centro e Sul América reconheciam que seus deuses (espíritos satânicos) tinham autoridade em determinados territórios e topografias.Lamentavelmente sobre esta área de ensino na Igreja existe pouco conhecimento, e além de muito poucas coisas serem escritas, alguns ainda por cima escreveram de forma contrária ao entendimento disto. Hoje apesar de tudo, o Senhor está pondo fome em Seu povo pelas verdades profundas da intercessão.Tanto no Novo Testamento como no Velho, vemos um ensino estabelecido que: espíritos do reino de lúcifer são designados á estabelecer o controle e destruição de áreas geográficas específicas; grupos culturais ou étnicos e nações ou cidades. A Bíblia estabelece uma lamentável verdade: o destino; passado e futuro das nações tem sido e é afetado por espíritos territoriais determinados. Ambientes, práticas religiosas, economias e negativas realidades visíveis de nações inteiras demonstram que poderes espirituais (principados) de alto nível tem deixado nestas áreas suas obras devastadores.América, território aonde Deus nos tem feito viver, tem seus costumes que nos evidenciam que existia desde tempos atrás a idéia de que os territórios tinham seu próprio deus ou deidade; a qual exercia um poder absoluto em uma área geográfica definida. Nossos índios americanos não saiam de seus territórios sem obter a permissão ou o respaldo do espírito territorial ou deidade aonde ele iria entrar. Criam perder a proteção de seu deus quando se moviam de seu território. Eles sabiam que seu deus não podia moveres com eles fora de seu território designado.Estes conceitos são vivenciados por povos da África aonde para suas guerras (Zimbawe) utilizam médiuns espiritas para invocar os demônios que antes tiveram controle de chefes tribais, governando vastos territórios. Estas forças que controlavam esta nação eram denominadas “espíritos provinciais”.

Territorialidade Espiritual Segundo a Bíblia

A conquista por Israel de seu território nos dias de Moisés e posteriormente por Josué demostrou que os povos pagãos adoravam deuses falsos (os quais as vezes Israel também adorava). Os cananeus rendiam culto as criaturas (deidades, espíritos ou poderes angélicos de diferentes classes). Para estes povos estes eram seus deuses, e os tais para eles tinham uma jurisdição ou controle territorial em áreas definidas.

1. O livro de Números, assim como os 10 mandamentos dados por Deus a Moisés mencionam a prática da idolatria e o castigo que esta merecia. No capítulo 33 se nota a ordem de Jeová para que Israel derruba-se (ou conquista-se) os lugares altos (naturais ou artificiais como montes ou altares e templos). Era necessário derrotar os homens mas também a seus espíritos territoriais.

2. Israel e seus pecados são uma grande lição para nós (IICr 28). Muitos reis se contaminaram adorando ídolos e com isto cederam o governo da nação ao diabo (IRe 18 e 19 com Acabe e Jezabel). Israel também adorou ídolos e levantou altares em lugares altos irritando a Deus. Jeová usou a homens como Davi, Moisés e Elias e muitos reis para derrubarem o lugares aonde se adoravam seres demoníacos. Quando se fazia isto, o território e a nação eram abençoados pelo Senhor. Aleluia!

3. Em algumas Bíblias católicas Deus expressou uma verdade interessante. Ali se afirma que Deus repartiu a terra segundo o número de seus anjos ou filhos de Deus. Esta firmação que está mais próxima dos manuscritos originais, é sutilmente mudada nas versões evangélicas. O texto e sua idéia é contundente; Dt 32.8. A implicação dele também é surpreendente; pois ali Deus afirma que o domínio das nações tem sido dividido segundo o número dos poderes angélicos estabelecidos. Moisés escreve entendendo de forma clara que existia uma territorialidade de seres espirituais. Quando ele escreve sobre Abraão, ele nos menciona que Jeová lhe ordenou que saísse de sua terra e de sua parentela. É óbvio quando estudamos a história dos Sumérios e Caldeus que estes povos foram dominados por um grupo de espíritos liderados por Enlil, o qual era um espírito territorial que fez de cada cidade caldéia sua possessão e de cada habitante seu escravo. Esta referência nos chega através das investigações de Peter Wagner, o qual é um dos eruditos bíblicos de nossos tempos.

4. Em I Reis no capítulo 20 a Bíblia registra um relato que não deve passar desapercebido: Israel enfrentou a um de seus ferozes inimigos, os quais manejavam o conceito de territorialidade acerca de suas deidades nacionais. Na primeira batalha Israel venceu o inimigo de forma contundente. Os inimigos dos judeus começaram á colocar em prática então os seus conhecimentos acerca de territorialidade, e chegaram a conclusão que tinham sido derrotados somente porque pelejaram em um território aonde seus deuses não tinham controle ou autoridade. Eles pensavam que naquela região existiam deuses com poderes distratais nos montes ou nos vales, e por isto suas deidades estavam com o poder territorial que exerciam sobre eles nas guerras restringido. Sendo assim decidiram mudar o campo de batalha, crendo que esta seria uma boa estratégia para derrotar Israel. Mas, novamente eles foram derrotados, pois Deus demonstrou para eles e para seus deuses que Ele era o Deus dos montes e dos vales! Amém! O conceito de territorialidade era válido, mais o grande erro dos homens daquela nação pagã foi considerar que Jeová era um espírito territorial. O Senhor é muito mais que isto; Ele é o Deus sobre todos, Único Rei e Senhor absoluto de Sua criação! Aleluia!

5. Jeremias é um dos profetas que proclamou na palavra de Deus sobre o cativeiro de Israel na Babilônia. Ele enfatiza a derrota e caída de Babilônia, que era a base do poder imperial de Nabucodonozor e de outros reis caldeus. Esta caída esta descrita como intimamente ligada com a destruição de idolos e esculturas a seus deuses nacionais tais como Merodac e Bel (que significa senhor) ou Baal. Este era o deus estratégico do paganismo babilônico; era o espírito territorial principal sobre toda a nação e o império.

6. O império babilônico tinha a influência de Baal (deus sol ou satanás) sobre sua esfera geo-política. É curioso observar como estes espíritos territoriais podiam exercer domínio sobre nações conquistadas como Israel, quando estas tinham como escravos, aqueles que estavam debaixo de seus domínios. Baal e Asera eram deus pagãos dos babilônicos os quais foram absorvidos pelos israelitas por intermédio da pressão e influência de Jezabel (rainha pagã e esposa de Acabe). Israel levantou altares de adoração apóstata. Através de movimentos migratórios e imigratórios o espíritos são transmitidos aos povos trazendo junto sua influência malévola. Para liberar de Israel, Baal devia ser destruído, e para isto Deus levantou o profeta Elias em sua geração para derrotar aos poderes territoriais da Babilônia. (IRe 17, 18 e 19).

7. O capítulo 10 de Daniel é o que nos da um ensino mais claro osbre territorialidade no Antigo Testamento. O profeta havia jejuado 21 dias, e no vigésimo quarto dia ele recebeu a visitação de um anjo com a resposta para suas orações. O anjo disse: “desde o princípio de tuas orações foi ouvida sua súplica e fui enviado a ti com a resposta, mas o príncipe do reino da Pérsia (espírito territorial sobre o grande Império Persa)”. O anjo fala a Daniel que a batalha se tornou renhida e que Deus enviou Miguel o arcanjo guerreiro (a favor de Israel) para derrotar ao inimigo. Aleluia. E finalmente declarou o anjo; “devo voltar porque em breve pelejarei com o príncipe da Grécia” (espírito territorial sobre o império grego que receberia autoridade quando sobrepuja-se o império persa).

Espíritos Territoriais no Novo Testamento

Os evangelhos nos apresentam uma verdade; satanás é o principal espírito territorial. Ele controla reinos inteiros atando-os ao seu poder maligno através da idolatria e do satanismo. Em Mateus 4 vemos que o diabo realmente tem o controle sobre os reinos do planeta; ele pretendeu tentar ao Senhor Jesus oferecendo-lhe os reinos do mundo. Jesus afirmou que satanás era o “príncipe deste mundo”. Hoje ele já não é; Jesus venceu-o e o despojou de seu controle e entregou á Igreja o domínio das nações, aleluia!

Paulo fez uma declaração muito clara acerca das forças espirituais que combatem contra a Igreja. Um destes poderes ele chamou de principados (espíritos territoriais). Estes, são forças invisíveis que exercem senhorio sobre uma região determinada geográfica e topográfica. Sobre estas eles levantam um “trono” para exercer uma ação demográfica (sobre pessoas, para destruí-las) e geográfica (áreas naturais e a natureza mesma para devastá-la e aniquilar um número maior de pessoas).

O livro de Atos nos mostra as forças demoníacas que exercem controle sobre pessoas e lugares.

a – At 13.6-12 - Paulo tem um confrontação com Elimas o Mágico que exercia influência sobre os governantes.
b – At 16.16-18 - O encontro de Paulo contra um espírito de adivinhação que influenciava Filipos.
c – At 19.35 - Luta de Paulo com “Diana” dos efésios.
d – At 26 - Euroaquilão. (espírito dos ventos)

A confrontação mais exemplar que podemos dar, é a que ocorreu contra Diana dos efésios. Este era um espírito territorial a qual era considerada “rainha do universo”, salvadora ou a grande senhora da Ásia Menor. Ao ser vencido este espírito pelo Senhor através de Paulo, a evangelização se fez mais fácil e poderosa.


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